sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Parto do princípio...

Como a idéia agora é contar minhas aventuras como mãe, vou começar do início de tudo: o parto.

Era mais ou menos duas e meia da manhã.
Eu, como de costume nas últimas semanas, fui mais uma (das milhares) vez no banheiro. Voltei pra cama, e ao deitar senti um "Ploc"! Isso mesmo: "Ploc!" - como se alguma coisa tivesse descido na minha barriga.
Como não senti nenhuma dor fiquei despreocupada - mas pra ficar com a consciência tranquila, resolvi ver se tinha acontecido alguma coisa. E, pra minha supresa total, a hora em que levantei senti água descendo pela minha perna. Não! Não era incontinência urinária! Era a bolsa!
Fiquei tão feliz na hora, que nem consigo explicar. Fui acordar meu marido (e isso é praticamente um parto... o homem difícil de ser acordado!!) e comecei a me arrumar.
Como sempre li e ouvi dizer que no primeiro filho o trabalho de parto é demorado, fiquei sossegadona... tomei banho com calma, organizei tudo certinho e saímos.

Mas o destino queria brincar com a Robertinha aqui. Bem na hora de ir pra maternidade o céu resolveu cair na Terra! Acho que naquele dia São Pedro (esse é o santo que manda a chuva, né?!) tinha brigado com a Nossa Senhora do Bom Parto! Uma tempestade começou a cair, e o maridex percebeu que o carro estava sem combustível. Sim, o senhor planejamento esqueceu desse pequeno detalhe. Resumindo: eu dando a luz no meio do dilúvio e sem combustível pra chegar no hospital. No fim encontramos um posto aberto e tudo deu certo.

Cheguei no hospital e chamaram meu médico, que estava de plantão em outra maternidade. Até então eu não sentia nada além de fracas coliquinhas. A enfermeira me examinou, e adivinhem: SETE dedos de dilatação! Vibrei, achando que seria mamão com açúcar. Doce ilusão. Deste momento em diante senti a pior dor que alguém pode imaginar na vida. Sim, dói. Mas confesso que nem lembro mais. Acreditem, a gente esquece!

E conforme a dor aumentava, eu gritava com mais vigor "me dá uma anestesia, pelo amor de Deeeeeeus!" e apertava a mão de quem estivesse na minha frente. Pra terem uma idéia, a mão do maridex ficou roxa no dia seguinte, hoho!
Não me deram anestesia. O médico não chegava. Minha dor aumentava. Senti que o bebê iria nascer com a enfermeira, na sala de exames. Um horror.

Fiquei lá por um tempo, suando que nem um bode, até que escutei mágicas e doces palavras - as melhores até então - "o Dr. chegou!". Aaaaaaaah, naquela hora eu descobri o verdadeiro significado da palavra alívio.
Ele chegou, e com a maior tranquilidade fez o toque e disse "dilatação total, o bebê vai nascer, leva ela pra sala de parto agora". Detalhe que pra fazer o toque foi outra novela - quem disse que eu consegui ficar com a perna na posição certa? Comédia!

Cheguei na tal sala de parto, e após escutar pela milésima vez minha suplica por uma anestesia o médico solta "não vai adiantar nada Roberta, o bebê já vai nascer, nem vai dar tempo da anestesia fazer efeito". Tá, aceitei. E ele "quer que faça episio?" E eu "aaaaaaaaah, faz o que você achar melhooooor". No fim, ele fez.

Já estava esquecendo de contar: no meio disso tudo me vem uma mulher e começa a me fazer perguntas do tipo "quantos anos você tem?", "qual o nome do seu bebê?", "de quantas semanas você tá?". Eu, que sou uma lady, respondi com toda classe, mas confesso que minha vontade na hora era de dar um soco na cara dela.

Eu sei que depois que chegamos na sala, foi um pulinho. Em alguns minutos já escutei a enfermeira falando "nossa, é loiríssimo!". E a dor sumiu. SUMIU! Como se alguém tivesse tirado. Desapareceu!

E nesse momento senti a melhor coisa que alguém pode sentir na vida. Descobri oque é o amor. De verdade. Vi aquele pequenininho ainda roxo, chorando, todo sujo, e amei. Não consigo explicar esse sentimento. Não chorei. Mas ri tanto, e me sentia tão feliz como nunca na minha vida. Meu filho. Aquele era meu filho, meu tão sonhado, planejado e esperado filho. Colocaram ele do meu lado, e a primeira coisa que falei foi "oi Davi, eu sou sua mamãe... agora você me conhece do lado de fora!", e ele ficou quietinho. Aí levaram ele pra ser limpo, e o maridex acompanhou - aliás, ele ficou o tempo todo ao meu lado, amorzinho! :)

Depois disso nada tem mais graça. Fiquei lá, expelindo a placenta, costurando a tal da episio (a episiotomia é um corte cirúrgico feito no períneo, a região muscular que fica entre a vagina e o ânus. O corte é feito durante o parto normal, com a ajuda de uma anestesia local [mas eu não fui anestesiada], para facilitar a passagem da cabeça do bebê), fazendo mil perguntas pro médico e me desculpando pelo escândalo. Segundo eles, nem foi tanto assim. Mas pra mim que sempre falei mal da gritaria na hora do parto, foi um vexame.

Mas querem saber? Super recomendo! Não existe nada melhor que parto normal. Você sofre, é fato. Mas passa. E a sensação de alívio é a melhor que existe no mundo. E depois é só correr pro abraço. Recuperação total rapidinho. O Davi nasceu as seis da manhã, e nove horas eu já havia tomado café da manhã e estava tomando banho! Super rápido.

Ah, e rápido foi meu trabalho de parto, perceberam? Três horas e meia, no máximo! Escutei vários "oooo mulher parideira!" e "cuidado pro próximo não nascer em casa!". Ainda bem. Se demorasse mais acho que teria uma síncope! Oooo vida sofrida.

Mas foi isso. Parto normal, sem anestesia e com episio. E no fim recebi o melhor presente do mundo: meu filho, lindão e gordão! E hoje sou a mulher mais feliz do mundo!

Como eu disse, vou contar da vida de mãe de primeira. Gente, não é fácil. Mas é delicioso! E vou contando tudo, prometo! Um mês já foi, mas vou fazer uma retrospectiva no próximo post. Quero deixar tudo registrado, e dividir com vocês minhas maiores alegrias!

Entre uma mamada e outra, volto aqui!



E pra matar a curiosidade, meu lindão, já com um mês de vida!






quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A estréia do Davi!

Davi nasceeeeuu!

Tá, eu sei que não é novidade pra um monte de gente, mas eu tinha que contar!

Nasceu dia 22 de outubro, as seis e dois da manhã, de PN, depois de três horas e meia de trabalho de parto! Rapidinho, né?!

Não consegui vir contar antes... desculpe! A rotina de uma mãe recém-nascida não é nada fácil, viu?! Mas aos poucos vou me ajeitando, e venho contar mais!

Prometo um relato de parto! Juro que detalharei tudinho!
E prometo contar do desenvolvimento do Davi. Até agora vocês só escutaram sobre minha vida de pança... agora vamos as aventuras do conteúdo da pança: o rei Davi!

Agora me vou... esse menino é um bezerro!
Ai, e é tão lindo!
Depois coloco foto dele aqui!