sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Parto do princípio...

Como a idéia agora é contar minhas aventuras como mãe, vou começar do início de tudo: o parto.

Era mais ou menos duas e meia da manhã.
Eu, como de costume nas últimas semanas, fui mais uma (das milhares) vez no banheiro. Voltei pra cama, e ao deitar senti um "Ploc"! Isso mesmo: "Ploc!" - como se alguma coisa tivesse descido na minha barriga.
Como não senti nenhuma dor fiquei despreocupada - mas pra ficar com a consciência tranquila, resolvi ver se tinha acontecido alguma coisa. E, pra minha supresa total, a hora em que levantei senti água descendo pela minha perna. Não! Não era incontinência urinária! Era a bolsa!
Fiquei tão feliz na hora, que nem consigo explicar. Fui acordar meu marido (e isso é praticamente um parto... o homem difícil de ser acordado!!) e comecei a me arrumar.
Como sempre li e ouvi dizer que no primeiro filho o trabalho de parto é demorado, fiquei sossegadona... tomei banho com calma, organizei tudo certinho e saímos.

Mas o destino queria brincar com a Robertinha aqui. Bem na hora de ir pra maternidade o céu resolveu cair na Terra! Acho que naquele dia São Pedro (esse é o santo que manda a chuva, né?!) tinha brigado com a Nossa Senhora do Bom Parto! Uma tempestade começou a cair, e o maridex percebeu que o carro estava sem combustível. Sim, o senhor planejamento esqueceu desse pequeno detalhe. Resumindo: eu dando a luz no meio do dilúvio e sem combustível pra chegar no hospital. No fim encontramos um posto aberto e tudo deu certo.

Cheguei no hospital e chamaram meu médico, que estava de plantão em outra maternidade. Até então eu não sentia nada além de fracas coliquinhas. A enfermeira me examinou, e adivinhem: SETE dedos de dilatação! Vibrei, achando que seria mamão com açúcar. Doce ilusão. Deste momento em diante senti a pior dor que alguém pode imaginar na vida. Sim, dói. Mas confesso que nem lembro mais. Acreditem, a gente esquece!

E conforme a dor aumentava, eu gritava com mais vigor "me dá uma anestesia, pelo amor de Deeeeeeus!" e apertava a mão de quem estivesse na minha frente. Pra terem uma idéia, a mão do maridex ficou roxa no dia seguinte, hoho!
Não me deram anestesia. O médico não chegava. Minha dor aumentava. Senti que o bebê iria nascer com a enfermeira, na sala de exames. Um horror.

Fiquei lá por um tempo, suando que nem um bode, até que escutei mágicas e doces palavras - as melhores até então - "o Dr. chegou!". Aaaaaaaah, naquela hora eu descobri o verdadeiro significado da palavra alívio.
Ele chegou, e com a maior tranquilidade fez o toque e disse "dilatação total, o bebê vai nascer, leva ela pra sala de parto agora". Detalhe que pra fazer o toque foi outra novela - quem disse que eu consegui ficar com a perna na posição certa? Comédia!

Cheguei na tal sala de parto, e após escutar pela milésima vez minha suplica por uma anestesia o médico solta "não vai adiantar nada Roberta, o bebê já vai nascer, nem vai dar tempo da anestesia fazer efeito". Tá, aceitei. E ele "quer que faça episio?" E eu "aaaaaaaaah, faz o que você achar melhooooor". No fim, ele fez.

Já estava esquecendo de contar: no meio disso tudo me vem uma mulher e começa a me fazer perguntas do tipo "quantos anos você tem?", "qual o nome do seu bebê?", "de quantas semanas você tá?". Eu, que sou uma lady, respondi com toda classe, mas confesso que minha vontade na hora era de dar um soco na cara dela.

Eu sei que depois que chegamos na sala, foi um pulinho. Em alguns minutos já escutei a enfermeira falando "nossa, é loiríssimo!". E a dor sumiu. SUMIU! Como se alguém tivesse tirado. Desapareceu!

E nesse momento senti a melhor coisa que alguém pode sentir na vida. Descobri oque é o amor. De verdade. Vi aquele pequenininho ainda roxo, chorando, todo sujo, e amei. Não consigo explicar esse sentimento. Não chorei. Mas ri tanto, e me sentia tão feliz como nunca na minha vida. Meu filho. Aquele era meu filho, meu tão sonhado, planejado e esperado filho. Colocaram ele do meu lado, e a primeira coisa que falei foi "oi Davi, eu sou sua mamãe... agora você me conhece do lado de fora!", e ele ficou quietinho. Aí levaram ele pra ser limpo, e o maridex acompanhou - aliás, ele ficou o tempo todo ao meu lado, amorzinho! :)

Depois disso nada tem mais graça. Fiquei lá, expelindo a placenta, costurando a tal da episio (a episiotomia é um corte cirúrgico feito no períneo, a região muscular que fica entre a vagina e o ânus. O corte é feito durante o parto normal, com a ajuda de uma anestesia local [mas eu não fui anestesiada], para facilitar a passagem da cabeça do bebê), fazendo mil perguntas pro médico e me desculpando pelo escândalo. Segundo eles, nem foi tanto assim. Mas pra mim que sempre falei mal da gritaria na hora do parto, foi um vexame.

Mas querem saber? Super recomendo! Não existe nada melhor que parto normal. Você sofre, é fato. Mas passa. E a sensação de alívio é a melhor que existe no mundo. E depois é só correr pro abraço. Recuperação total rapidinho. O Davi nasceu as seis da manhã, e nove horas eu já havia tomado café da manhã e estava tomando banho! Super rápido.

Ah, e rápido foi meu trabalho de parto, perceberam? Três horas e meia, no máximo! Escutei vários "oooo mulher parideira!" e "cuidado pro próximo não nascer em casa!". Ainda bem. Se demorasse mais acho que teria uma síncope! Oooo vida sofrida.

Mas foi isso. Parto normal, sem anestesia e com episio. E no fim recebi o melhor presente do mundo: meu filho, lindão e gordão! E hoje sou a mulher mais feliz do mundo!

Como eu disse, vou contar da vida de mãe de primeira. Gente, não é fácil. Mas é delicioso! E vou contando tudo, prometo! Um mês já foi, mas vou fazer uma retrospectiva no próximo post. Quero deixar tudo registrado, e dividir com vocês minhas maiores alegrias!

Entre uma mamada e outra, volto aqui!



E pra matar a curiosidade, meu lindão, já com um mês de vida!






quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A estréia do Davi!

Davi nasceeeeuu!

Tá, eu sei que não é novidade pra um monte de gente, mas eu tinha que contar!

Nasceu dia 22 de outubro, as seis e dois da manhã, de PN, depois de três horas e meia de trabalho de parto! Rapidinho, né?!

Não consegui vir contar antes... desculpe! A rotina de uma mãe recém-nascida não é nada fácil, viu?! Mas aos poucos vou me ajeitando, e venho contar mais!

Prometo um relato de parto! Juro que detalharei tudinho!
E prometo contar do desenvolvimento do Davi. Até agora vocês só escutaram sobre minha vida de pança... agora vamos as aventuras do conteúdo da pança: o rei Davi!

Agora me vou... esse menino é um bezerro!
Ai, e é tão lindo!
Depois coloco foto dele aqui!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

39 semanas!

Sabe aquela impressão de que uma coisa não vai acabar nunca? Então, tô assim!

Quem me conhece sabe que eu sou a tranquilidade em pessoa.
Tá que sou facilmente irritável, mas geralmente sou bem sossegada. Mas tenho que confessar: não tô aguentando mais! É muita ansiedade numa pessoa só, minha gente! Mal durmo a noite. E nem de dia. Na verdade, não durmo mais.
Meu cérebro teima em não desligar... e eu lá, morrendo de sono, mas não paro de pensar. Isso é terrível!

Sem contar que minhas costelas doem horrores! Não é fácil essa vida de gordinha! :)

E esse é um outro motivo que me faz querer deixar de ser gestante e entrar pro rol das mães logo: quero emagrecer! E tacar ácido na pança, pra ver se ameniza esse mapa hidrográfico que apareceu em volta do meu umbigo! Aiai... essa vida de mulher não é fácil não! Hehe!

Só sei que quero ver meu gordinho logo! E apertar muito! Porque eu sou tipo a Felícia... vou apertar, apertar e amar!

Ah, e queria dar parabéns pra Aretha, minha amiga!! Nasceu a Marinaaaa! Eeeee!!! Passou a perna legal no Davi! Sua apressadinha! Hehe!

Qualquer novidade eu volto (e volto mesmo, viu dona Patrícia irritante :o))

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Contagem regressiva!

E já se foram 37 semanas!

Isso quer dizer que, se o Davi resolver dar o ar da graça neste momento, já está prontinho: nem é considerado mais um bebê prematuro!
Lindo isso, né?! Eu acho...

Ontem fiz a última USG. Ele tá grandão: 47cm e 2,850kg!
Não disse que era meu gigante?
E mais uma vez não nos deixou ver nada: estava com a mão no rosto!
Mas deu pra ver, mais uma vez, que é bochechudo!

E eu ainda tive que escutar da médica "vai parecer com você... rosto redondinho!"
Queeee?! Numa altura dessas do campeonato e eu ainda tenho que escutar desaforos acerca do meu estado rechunchudo?! Jeová me chicoteia!

Mas isso é passageiro, minha gente!
É o Davi nascer e eu virar uma Olívia Palito! Prometo!

Daí estava eu pensando nos inúmeros benefícios de se ter um filho.
Lembrei de uma das minhas bandas preferidas: Palavra Cantada.
Daí pensei que agora posso ir aos shows sem ser tachada de esquisita(lembra Tháta-chan, da gente na fila cheia de crianças, só pra tirar foto com eles? hehe).
Ooooooo vida boa, Deusdocéu!

Logo volto com mais novidades!

Beijomeliga!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Diga trinta e três...

Hoje completo 33 semanas. Um número cabalístico, eu diria.
Mas como sou uma descrente, tanto faz.
E pra comemorar, fui fazer uma USG. Mentira. Fui fazer porque a médica pediu.
Mas tanto faz também.

O importante é que o Davi está ótimo.
E de ponta cabeça! Uhuuu! Meu tão sonhado Parto Normal se aproxima!
Mas o sem vergonha estava com a mão no rosto... só deu pra ver que é bochechudo - puxou ao pai - hoho.

Ele pesa aproximadamente 1kg e 900g. Grandão, né?!
Tenho um Davi do tamanho de um Golias. Meu pequeno gigante.

Aí fiquei feliz também porque pelo menos 2kg dos milhares que eu engordei tem uma explicação: é do neném! Isso me conforta tanto...

Agora só preciso de uma desculpa pros outros kilinhos... mas penso nisso mais tarde.
Porque estou com muita fome. E isso me atrapalha tremendamente os pensamentos. Aiai.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Nhóinc! Nhóinc!

Eu sou uma pessoa bem tranquila, acreditem. Tem horas que penso que deveria ser mais preocupada. Mas não sou.

O fato é que desde que começou essa história de Influenza A H1N1 (que aqui vou chamar de gripe suína, porque o blog é meu e eu chamo como quiser, hoho) eu não dei a mínima. Mesmo trabalhando num lugar super perigoso pro contágio, e todo mundo falando que era pra eu me afastar, não liguei. Isso porque eu sou teimosa. E ainda acredito ser uma X-Men.

Mas na semana passada, depois de me sentir mal com falta de ar, tosse, dor no peito, dor de garganta e mal estar resolvi procurar minha médica. Na hora me encaminhou para uma infectologista, que depois de me examinar, receitou o tal do Tamiflu.
A suspeita foi a tal da gripe. Fiquei em casa desde então, e depois de quinze dias devo fazer nova avaliação para verificar se volto ou não a trabalhar. Sinceramente? Prefiro ficar em casa. E olha que pra mim é terrível ficar o dia todo sem fazer nada. Mas o fato é que agora estou preocupada. Percebi que não estou mais sozinha.

Foi só um susto. Não tive a gripe de fato, acredito. Mas não quero nem correr o risco de pegá-la. Até porque esse remédio acaba com o estômago da gente, oxe!

Já que vou ficar em casa por esses dias, prometo escrever mais por aqui. Eu costumo cumprir com minhas promessas, mas caso falhe com essa, por favor, me desculpem.
Eu sou uma grávida e não posso ser contrariada.

Ai, como adoro essa situação! :)

quarta-feira, 29 de julho de 2009

O filho que eu quero ter...

Aooooba!!

Hoje completo 27 semanas. Falta tão pouquinho.
Apesar que acho que agora é que a ansiedade vai bater, uiui!
Não vejo a hora de ter meu gorduchinho no colo! E minha barriga no lugar! :)

Estava eu passeando por músicas aleatórias (adoro fazer isso!) até que esbarrei com essa do Toquinho (que aliás, é o máximo e eu recomendo).
Lindíssima. Tinha esquecido da existência dela.

Vou compartilhar com vocês, que compartilham de tanta coisa comigo.

Queria que fosse um vídeo dele cantando, mas não encontrei.
Então vai este mesmo, que tem umas imagens bem bonitas.
Espero que gostem!

Sexta-feira tenho pré-natal, com minha médica gente boníssima.
Qualquer novidade venho aqui tagarelar!





**confesso! uma ponta de lágrima surgiu em meus olhos de coração de pedra quando escutei a música. aaaah, esses hormônios! :)

quinta-feira, 23 de julho de 2009

A fênix, que ressurgiu das cinzas!

Catastrófico o título, né?! Mas é assim que me sinto!

Sabe quando você espera que um meteoro caia na Terra e acabe com a vida humana?
E tudo isso só pra você não ter que concluir tudo-que-existe-no-mundo que você tem que fazer?
Pois bem. Tive um mês assim.
Até trabalho pra casa eu levei. E olha que pra mim isso é heresia das brabas!

Mas passou!
E eu continuo querendo que o mundo acabe. Mas em barranco. Pra eu morrer encostada!

Brincadeiras à parte, o fato é que estou cansada. Demasiadamente cansada.
Além do trabalho, da construção (sim queridos, estou construindo!), dos preparativos pra chegada do Davi, ainda carrego muuuuitos quilos que surgiram em pouco tempo.
É difícil, sabiam?!
Eu não imaginava que era tanto, mas a carcaça da Robertinha aqui tá que é só o pó da rabiola!

E apesar de tudo, nunca estive tão feliz!

O Davi mexe, e mexe muito.
Tenho pra mim que ele será jogador de futebol. Ou artista de TV. Ou médico. Ou qualquer coisa que me transforme em uma mãe-madame! Hihi!!

E está tudo bem! Melhor do que eu podia esperar.

Prometo que vou postar com mais frequência. O pior já passou!



(ainda bem que meu chefe não é lá muito chegado em tecnologia! :o)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

E o neném fará xixi...

... em pé!! (ai, que inveja!)

É um MENINO!! É um MENINO!!

Fiz a USG hoje, e lá estava ele, todo pomposo mostrando os documentos pra torcida! Um exibicionista, eu diria! E lindo!

Davi está a caminho!
Já é bem grandão, o que explica essas mexidas que sinto na barriga e alguns gramas a mais quando subo na balança.

Impossível explicar a felicidade. De verdade.
Eu adoro meninos. Sempre tive mais amigOs. Sempre gostei de brincadeira de meninos.
Vou me divertir horrores!
E apertar muito esse gorduchinho que tá chegando!



O QUE É UM MENINO
Alan Beck
(tradução de Benedicto Ferri de Barros)

Entre a inocência da infância e a compostura da maturidade há uma deliciosa criatura chamada menino.

Embora se apresentem em tamanhos, pesos e cores sortidos, todos os meninos têm o mesmo credo: aproveitar cada segundo de cada minuto de todas as horas de todos os dias e protestar ruidosamente ( o barulho é sua única arma) quando seu último minuto é decretado e os adultos os empacotam e metem na cama.

Meninos são encontrados em todas as partes: em cima de, embaixo de, dentro de, subindo em, balançando-se no, correndo em volta de, pulando para.

As mães os adoram, as meninas os odeiam, irmãos e irmãs mais velhos os suportam, adultos os ignoram, o céu os protege. Um menino é a Verdade com o rosto sujo, a Beleza com um corte no dedo, a Sabedoria com um chiclete no cabelo, a Esperança do futuro com uma rã no bolso.

Quando você está ocupado, um menino é uma conversa-fiada, intrometido e amolante. Quando você deseja que ele cause boa impressão, seu cérebro vira geléia, ou ele se transforma em uma criatura sádica e selvagem empenhada em desmontar o mundo ao seu redor.

Um menino é um híbrido: o apetite de um cavalo, a disposição de um engole-espadas, a energia de uma bomba atômica de bolso, a curiosidade de um gato, os pulmões de um ditador, a imaginação de um Júlio Verne, o retraimento de uma violeta, o entusiasmo de um bombeiro - e quando se mete a fazer alguma coisa é como se tivesse cinco polegares em cada mão.

Gosta de sorvete, canivetes, serrotes, pedaços de pau, água(em seu "habitat"natural) bichos grandes, Papai, sábados, domingos e feriados, mangueiras de água. Não é partidário de catecismo, escolas, livros sem figuras, lições de música, colarinhos, barbeiros, agasalhos, adultos e "hora de dormir".
Ninguém se levanta tão cedo, nem chega tão tarde para o jantar.
Ninguém se diverte tanto com árvores, cachorros e mosquitos. Ninguém mais é capaz de meter num único bolso um canivete enferrujado, uma maçã comida pela metade, um metro e meio de barbante, um saco de matéria plástica, duas pastilhas de chiclete, três notas de um real e um fragmento de "substância ignorada".

Um menino é uma criatura mágica: você pode mantê-lo fora do seu escritório, mas não pode expulsa-lo do seu coração. Pode pô-lo para fora da sala de visitas, mas não pode tirá-lo da sua mente. Queira ou não, ele é seu captor, seu carcereiro, seu dono, seu patrão - um cara sarapintado, um nanico, um mata-gatos, um pacote de encrencas. Mas quando à noite você chega em casa, com suas esperanças e seus sonhos reduzidos a pedaços, ele possui a magia de soldá-los em um segundo pronunciando duas palavras somente: "Oi, mamãe!"

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Na metade do caminho...

Chegamos na metade!

Ontem completei 20 semanas de gestação.

Pra quem é novata no assunto, explicarei. Ao contrário do que nossos sábios antepassados sempre nos ensinaram, a gravidez não é contada em meses - pasmem! Ela é contada em semanas!
Não sei vocês, mas eu sempre aprendi que a gestação durava nove meses... daí, quando entrei nesse mundo mágico de barrigas grandes, descobri que não! Uma gravidez dura 40 semanas. Se pensarmos que um mês tem 4 semanas, então a gestação dura 10 meses (é isso, né?! 10x4=40 ... acho que ainda me funcionam alguns neurônios).

Apesar de eu não concordar muito com esse método de contagem, visto que eles contam a gestação antes mesmo dela existir, tenho que aceitar. Até porque, QUEM SOU EU, pra discordar da sábia sabedoria do sábio médico?! Ninguénzinha, né?!

E o fato é esse: meio caminho andado. Pode parecer besteira, mas pra mim é um marco. Tipo quando eu completei 25 anos e saí espalhando por aí que já tinha um quarto de século. Achei mágico! E agora acho mágico pensar que falta só metade.

Tudo passou tão rápido até agora, que me assusto em pensar que só falta esse mesmo tempo. E me assusta mais ainda o fato de que eu sou uma mãe relapsa que até agora não gastei um real em benefício do meu filho. Eu sofro do mal da procrastinação.

*Procrastinação é o diferimento ou adiamento de uma ação. Para a pessoa que está procrastinando, isso resulta em stress, sensação de culpa, perda de produtividade e vergonha em relação aos outros, por não cumprir com suas responsabilidades e compromissos. Enquanto é normal que as pessoas procrastinem até um certo ponto, isso se torna um problema quando impede o funcionamento normal das ações. A procrastinação crônica pode ser um sinal de alguma desordem psicológica ou fisiológica.

A missão do bebê, a partir de agora, é engordar. E a minha é manter o peso. Mas isso é assunto pra uma outra conversa... até porque, dá pano pra manga!

Vamos festejar 20 semanas! Iuuupeee!!!

P.S.: Quinta-feira tem USG... será que o neném faz xixi em pé ou sentado?

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Mais um susto...

Quando eu estava de aproximadamente nove semanas de gestação, tive um sangramento. Vocês podem imaginar o tamanho do desespero que senti?! O tão sonhado bebê poderia deixar de existir de uma hora pra outra. Depois de muito choro, pressão arterial subindo, e eteceteras, ficou tudo bem. Quer dizer, mais ou menos bem.

O diagnóstico foi "descolamento de placenta", e segundo a médica "ameaça de aborto". Me desesperei mais ainda.
Resumindo, tive de fazer repouso. Não subir escadas, não pegar pesos, não praticar atividades físicas... fiz tudo certinho. Até tossir me preocupava. No final deu tudo certo. Os último exames mostravam que estava tudo bem, comigo e com o bebê (que é o personagem principal desta história).

Comecei a fazer hidroginástica para gestantes, que tenho que contar, é uma delícia. Lá tem barrigas de várias idades e sexos! Mas depois conto sobre essa experiência...
Até que na terça-feira de manhã, após alguns atendimentos no trabalho, heis que surge novamente uma gotinha de sangue! Tudo aquilo que já havia sentido voltou em minha cabeça! Mais uma vez senti que meu mundo iria acabar...

Fui ao Pronto Atendimento, e após ser examinada, fui liberada. Conclusão: nenhuma. Segundo os exames, nenhum problema. Escutei o coraçãozinho do bebê...foi a melhor sensação de alívio que já senti. Apesar de nada diferente, fui orientada a repousar. Ficarei dez dias em casa, de molho. Tenho que ser sincera, não gosto nada disso. Mas pelo meu filhinho, pra ter ele saudável nos braços daqui há alguns meses, faço qualquer coisa. Até plantar bananeira sem roupa no telhado, nesse frio. E faço mesmo.

Mas bricadeiras à parte, como é difícil passar por estas situações. Fazem a gente perceber o quanto podemos amar um serzinho que ainda nem sabemos como é o rosto. E é um amor que não dá pra explicar. Só dá pra sentir.

Agora estou bem, e feliz. Minha barriga cresce a cada dia. E eu nem me importo mais em ser gorduchola! Minha cara parece uma bolacha Maria, mas minha pele está ótima, e meus cabelos estão brilhantes! Hormônios são ótimos pra algumas coisas!

E faltam só 17 dias pra descobrir o sexo do bebê!
Façam suas apostas!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Abre parênteses...

Aaaaaaaaaah, que lindo!






Fecha parênteses.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Há muito mais entre o Céu e a Terra...

... do que dizem por aí. Verdade. E eu vou contar o porquê.

O mundo insiste em dizer que a gravidez é uma fase maravilhosa, em que você fica deslumbrante, as pessoas te acham linda e a vida fica mais cor-de-rosa. Parte disso é verdade, confesso. Mas não é bem assim que as coisas funcionam.

Tudo começa com uma sensação esquisita. Como faço todos os meses desde que tive minha menarca, apedrejei Eva por ter sido tão fraca e ter comido a maçã no Paraíso.
Pensei que estava passando pela pior de minhas TPMs até que descobri (uou!) que ficaria pelo menos nove meses sem esse problema cíclico que acaba comigo! Mal sabia do que estava por vir...

Nas primeiras 12 semanas eu pensei que iria morrer. E não entendam isso como exagero. A verdade é bem esta. Enjôo insuportável, sono incontrolável, dor de cabeça terrível, fraqueza, desânimo, falta de vontade de tudo... uma lista tão grande de incômodos que nem consigo lembrar mais. Eu REALMENTE pensei que não aguentaria. Até que passou. Daí pensei que tudo ficaria melhor. Ha-Ha!

Agora, com 17 semanas, sem enjôos e etc, sinto uma dor nas costas terrível. Parece que minha bacia vai cair a qualquer momento. Falta de ar. Inchaço. Dores de cabeça ocasionais. E o sono continua...

À tudo isso some os quilos a mais, a perda da cintura, a cara de bolacha Traquinas, as roupas que não servem mais. Todo mundo falando o que você tem ou deixar de fazer.

E quando você acha que tudo vai melhorando, piora.

Ontem fiz minha primeira aula de hidroginástica numa turma de gestantes. Tinha barrigas de todos os tamanhos e qualidades. E do pouco que conversei com minhas novas amigas, oque mais escutei foram queixas. Dores, incômodos, falta de ar. Ufa! Saí de lá me sentindo ótima!

A verdade é que apesar de tudo que existe de bom em se estar grávida, também tem uma parte que poderia ser pulada. É difícil encarar uma nova rotina, um novo corpo, se adaptar a várias coisas novas.

Acho que a pessoa sofre bastante durante nove meses, pra depois que o bebê nascer estar tão calejada que passa por tudo feito mamão com açúcar. Pra mim essa é a melhor explicação.

E apesar de tudo (e muito mais que nem lembrei de escrever aqui) essa é a melhor fase de minha vida. E isso porque sei que depois de tanto sofrimento terei uma recompensa lindona, careca e sem dentes. E vou sentir saudades dessas pequenas chatices.

Mas vamos ser sinceros... a Eva bem que podia ter se controlado mais!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Da descoberta

Daí que hoje é dia de contar da descoberta da pança!

Eu, apesar de querer muito ficar grávida, tinha uma leve impressão de que demoraria horrores pra isso acontecer. Então nunca fiquei muito ansiosa. Esperava e pronto.

Todo mês tinha aquela possibilidade surgindo, mas como sou a pessoa mais fora dos ciclos do mundo, ficava tranquilona. Claro que torcia sempre, mas não me descabelava por isso. Não sei explicar o porquê, mas sempre foi assim.

Até que num certo mês algo estranho começou a acontecer. Não sei de onde raios veio uma sensação, mas comecei a acreditar que estava grávida. Nunca acreditei em intuição e o escambal à quarta. Falem o que quiser, mas não acredito e ponto. Mas desta vez tenho que dar o braço a torcer: acho que percebi antes!

Antes acho importante dizer oque senti. Sim, porque quando procurava desesperadamente por respostas não encontrava nada. Então, que este blog sirva para alguém, quem sabe um dia. Voltemos aos sintomas. Além de todos aqueles sintomas clássicos (enjôos, tonturas, etc) comecei a ter cólicas. Depois fui descobrir que é bastante comum. Mas ninguém me avisou antes.

Até que certo sábado, não aguentando conviver com a dúvida (eu sou uma pessoa bem calma, acreditem), eu e o marido resolvemos fazer um teste de farmácia. Deu positivo. Eu, corrompida que sou pelo ceticismo, quis fazer outro. Positivo again! Fizemos nossos pais e irmãos jurarem que não contariam à ninguém até ter um exame de sangue em mãos. Na segunda-feira (nunca esperei tanto por esse dia horrível) fiz o tal exame: gravidéééérrima! Aí não tive mais dúvidas! Seria mãe!

Não sei explicar o que senti nesse processo. Alegria misturada com medo. Mas fiquei muito, muito feliz.

Só não fiquei mais feliz porque a pessoa que atende por marido resolveu colocar no orkut que seria pai, estragando toda a surpresa de ligar pras pessoas queridas. Em minutos o mundo inteiro sabia que eu seria mãe, menos minhas melhores amigas! O que me rendeu várias broncas.

E eu aprendi duas importantes lições nesta história toda: nem tudo está dentro de nosso controle, e intuição pode sim funcionar. Às vezes.


Ah, e uma dica pras mamys to be: www.projetoacalanto.com.br

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Sabe quando você vê alguma coisa e na hora vem aquele pensamento:

"Pouts! Por que eu não pensei nisso antes?!"

Pois bem, foi o que pensei na ocasião desse vídeo. Muito bom!

No mais, acho que a frente fria vem trazendo uma gripe pra barriguda aqui.
Eu adoro frentes frias, mas das gripes gostaria distância.
Maaaaas... nem tudo a gente tem o poder de controlar, né não?! Pelo menos ainda não!

Uhá-há-hááááááá!


quinta-feira, 23 de abril de 2009

Do início de tudo

Então, depois de muito pensar e colocar na balança os prós e os contras, decidi engravidar.
Sim, porque essa não é uma decisão fácil. Pode parecer trágico, mas a verdade é que se deixa uma vida pra trás. Adeus "sem hora pra dormir", "sem hora pra acordar", "hoje não vou almoçar", e etc. E apesar de tudo isso, decidi que já estava passando da hora.

E me preparei pra isso: fiz milhares de exames pra saber se estava tudo bem. Hemograma, Toxoplasmose, Rubéola, etc, etc, etc... até exame de fezes eu fiz (e vamos ser sinceros, não existe coisa mais chata que isso!). E estava tudo bem. Comecei então a tomar ácido fólico e esperar.

E esperei. Esperei. Esperei. Até que desencanei!
E foi justamente nessa época que engravidei.

Não me lembro ao certo quanto tempo durou essa espera, mas chuto uns seis meses. Até que não é muito, se for pensar certinho. Mas pra quem decidiu desesperadamente por ter um filho, é um tanto quanto angustiante.

Engravidar me parecia uma coisa meio impossível, as vezes. Pense bem: todo mês, numa época específica um óvulo é liberado. Aí, num período de mais ou menos quatro dias um espermatozóide muito valente tem que vencer vários obstáculos pra fecundá-lo. Se tudo der certo, um bebê será gerado. É muita coisa específica que tem que acontecer com uma precisão tremenda! Mas o fato é que o mundo tá transbordando de gente, o que significa que no fim tudo dá certo.

E eu, com minha melancia em desenvolvimento, vou colaborar para crescimento da raça humana na Terra. Porque é assim que as coisas funcionam por aqui!

terça-feira, 21 de abril de 2009

Muito Prazer!

Desde que me conheço por gente sonho em ser mãe.

Diferente da maioria das meninas, nunca quis casar. Dizia sempre que faria inseminação artificial, e teria um filho só meu. Educaria da minha maneira e faria só o que me desse na telha.

Mas tudo mudou quando tinha dezessete anos: conheci o JT, hoje mais conhecido como marido. Aí não teve jeito. Decidi que ele seria o pai dos meus filhinhos.

Em abril de 2006 nos casamos. E na primeira semana de março de 2009 nos descobrimos grávidos. Hoje, eu com 27 e ele com 28 anos, temos um bebezinho a caminho. Um bebezinho muito esperado e muito amado.

Este espaço tem como objetivo falar sobre essa fase e sobre qualquer outra coisa que dê vontade.

Espero contar de forma real todas as alegrias e sufocos que venho vivendo desde que me descobri pançuda. Compartilhar com os amigos já existentes e com os que possam surgir as descobertas, dúvidas, e bobeiras quaisquer.

Sejam todos bem vindos a minha vida.

Sentem-se, e fiquem à vontade!